sábado, 1 de junho de 2019

O CRISTIANISMO ANTIGO


1 O CRISTIANISMO ANTIGO:
1.1 A ORIGEM, PERSEGUIÇÕES E ENSINAMENTOS (PRIMEIRAS REFERÊNCIAS AOS EVANGELHOS E O SURGIMENTO DAS HERESIAS

PROBLEMATIZAÇÃO
Desde os primeiros séculos, houve algumas divergências entre alguns grupos do cristianismo causando divisão nas igrejas surgindo vários grupos, e cada grupo dava uma interpretação para os ensinamentos da religião, assim para resolver esse problema foi criado em 434 o cânon vicentino.

JUSTIFICATIVA.

Demonstrar a relevância  do cristianismo sendo uma religião fundamentada em um homem, que com suas ideias mudou o rumo da história tendo uma grande influência no mundo contemporâneo.
Sabendo que, é uma religião que milhões de pessoas afirmam terem suas vidas transformadas quando passaram a acreditar nos ensinos expostos na principal literatura cristã que é a Bíblia Sagrada, principalmente o Novo testamento que traz todo o ensinamento a respeito de Jesus e suas obras.

OBJETIVO GERAL

Apresentar que apesar da perseguição á religião, os ensinamentos do cristianismo antigo, é muito eficaz nos primeiros séculos.

OBJETIVO ESPECÍFICO

Esse trabalho não tem o foco de desmerecer outras religiões, somente mostrar aos leitores que o cristianismo que outrora foi considerado lenda pelo Império Romano, resistiu todas as perseguições contra ela levantada na antiguidade, foi e ainda continua tendo uma grande influência no modo de viver das pessoas. Esse trabalho está limitado somente ao mundo antigo devido a influência que o cristianismo teve na antiguidade, mas ainda hoje é grandemente influente.
Não há como negar a realidade histórica a respeito do homem chamado Jesus, e como no mundo antigo as pessoas que Nele acreditaram, defenderam as suas crenças baseadas nos ensinos de Jesus e enfrentaram a fúria dos opositores.

ORÍGEM DO CRISTIANISMO
O cristianismo, religião fundamentada na pessoa de Jesus, nascido em Belém por volta do século IV a.C, atualmente é a religião com o maior número de seguidores em todo o mundo, e os seguidores da religião são chamados cristãos.  Segundo a Bíblia Sagrada, assim está escrito em Atos dos Apóstolos 11:26 :“E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente.  Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” (Almeida, 2009, pág. 1445)
Embora haja discordâncias de pensamentos por parte de todos os ramos do cristianismo, todos acreditam que Jesus é o Messias prometido, o Filho de Deus, o Salvador do mundo.
No entanto a verdade é que, pouco se sabe historicamente sobre Jesus, porém é certo que foi um personagem histórico, real e que mudou o rumo da história da humanidade.
Os maiores relatos sobre Ele está contido na Bíblia, o livro sagrado do cristianismo. Sabe-se que Ele nasceu de uma virgem chamada Maria, casada com José, seu pai adotivo.  Maria deu a luz ao menino milagrosamente como afirmam os escritos bíblicos, pouco é relatado sobre a sua infância, o último relato bíblico da sua infância foi a respeito de uma festa em Jerusalém quando Ele estava com 12 anos.
A Bíblia relata que com quase 30 anos, Jesus passou a ensinar sobre o reino de Deus, período esse que efetuou muitos milagres, curas e maravilhas. No início escolheu 12 homens que foram seus discípulos, que o acompanharam durante 3 anos e meio.
No entanto Jesus foi perseguido pelos religiosos da época, e que tentavam desacreditá-lo diante do povo que muito o estimava. Ele foi traído por um dos seus discípulos por nome Judas Iscariotes, e injustamente, mediante falsas acusações foi entregue as autoridades da época, onde foi morto em uma cruz.
Porém, como Ele mesmo avisava seus discípulos que iria ressuscitar ao terceiro dia e que tudo o que aconteceu já estava predito pelos profetas do Velho Testamento, Ele ressuscitou segundo as escrituras e isso é a crença de todo cristianismo.
Afirma as escrituras que após a sua ressurreição, andou entre os seus seguidores por 40 dias, e logo após subiu ao céu na presença de seus seguidores. Ele deixou aos seus discípulos a ordem de levar a mensagem de salvação a toda a humanidade, ordem essa que foi cumprida pelos discípulos que passaram a ser chamados de apóstolos.
Antes de subir ao céu, Jesus disse aos seus seguidores para que ficassem em Jerusalém, porque eles seriam revestidos de poder, e essa promessa se cumpriu no dia de Pentecostes ou festa das colheitas, uma festa realizada pelos judeus anualmente para agradecer a Deus pela colheita realizada.
No dia de Pentecostes estavam em um cenáculo, quase 120 pessoas, as quais receberam a promessa da vinda do Espírito Santo, dentre as quais os discípulos, a mãe de Jesus e seus irmãos.
Nesse dia um dos seus discípulos por nome Pedro se levantou e falou ao povo sobre o que estava acontecendo.  Haviam pessoas de várias nações na festa de Pentecostes, e todas as pessoas ouviam na sua própria língua o que estava sendo falado pelas pessoas que estavam no cenáculo
Os ouvintes pensavam que essas pessoas estavam embriagadas, porém Pedro explicou ao povo que o que estava acontecendo já tinha sido predito pelo profeta Joel no Velho Testamento e que naquele dia estava se cumprindo.
Nesse dia 3.000 pessoas se converteram ao cristianismo com a pregação de Pedro.  No Atos dos Apóstolos, um dos livros Inseridos na Bíblia, há o relato de como foi o início da igreja, o registro dos milagres, das curas, das perseguições que os apóstolos sofriam por anunciar a mensagem do evangelho (boas novas).
No princípio da igreja cristã Pedro e Paulo foram os mais que mais influenciaram nas suas mensagens. Pedro foi discípulo de Jesus, andou com seu Mestre durante o ministério de Jesus, porém Paulo só veio a se converter anos mais tarde.  Paulo por ser um fariseu, uma das seitas do judaísmo, perseguiu a igreja, consentindo na morte de Estevão, um dos seguidores de Jesus, que foi o primeiro mártir, ou seja, morreu por defender os ideais do cristianismo.  Porém Paulo no caminho de Damasco quando ia prender os cristãos teve um encontro com Jesus, e a partir daí passou a ser um fiel seguidor e passou a ser um dos principais anunciadores da mensagem de Jesus.
Conta-nos a tradição da igreja que todos os discípulos foram martirizados, exceto João, que morreu de morte natural, porém a igreja continuou crescendo, e mesmo mediante as perseguições que vieram sobre os cristãos, o cristianismo nunca foi contido.
PERSEGUIÇÕES CONTRA O CRISTIANISMO

A perseguição de Nero (64)
Nero para se livrar de suspeitas de ter ordenado o incêndio de Roma, culpou e castigou cruelmente os cristãos, que eram vistos como detestáveis abomináveis, eram considerados o opróbrio do gênero humano.
De início todos foram presos todos os que confessavam ser cristãos.  Por serem acusados de serem o opróbrio do gênero humano uma multidão foi condenada à morte, uma vez condenados à morte se tornaram objetos de diversão. Alguns, costurados em peles de animais, expiravam despedaçados por cachorros.  Outros morriam crucificados.  Outros ainda eram transformados em tochas vivas para iluminar a noite.
Durante o reinado de Nero os apóstolos Pedro e Paulo foram martirizados.

A política de Trajano contra os cristãos
Para Trajano os cristãos não deveriam ser perseguidos, porém, se houvesse denúncias procedentes contra eles, era autorizado que se aplicasse castigo, com a ressalva de que, se alguém negasse ser cristão, e adorassem os deuses, seriam perdoados.
Em 155, Policarpo o Bispo de Esmirna foi martirizado.  Foi queimado vivo, embora segundo testemunhas foi preciso um verdugo para matá-lo com a espada no meio do fogo.  Assim disse Policarpo diante da insistência do procônsul para que ele insultasse a Cristo, segundo o Livro Documentos da Igreja Cristã: “Jura e te soltarei.  Insulta a Cristo”. “Oitenta e seis anos há que sirvo a Cristo.  Cristo nunca me fez mal.  Como blasfemaria contra meu Rei e Salvador ? (Bettenson, 2001, pág. 41)
Várias perseguições contra os cristãos surgiram:
•          A perseguição em Lyon e Viena (177)
•          A perseguição no tempo de Décio (249-251)
•          A perseguição no reinado de Valeriano (253-260)
•          A perseguição diocleciana (303-305)
•          Alguns dos imperadores perseguidores de início eram favoráveis aos cristãos como Valeriano e Diocleciano que sua esposa e filha eram catecúmenas.
Como vemos nesse trabalho os cristãos foram duramente penalizados por sua crença em um único Deus no meio de um Império que adoravam vários deuses.  Cumpriu-se assim o que foi predito por Jesus, conforme a Bíblia Sagrada em João 16:2: “Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus.”(Almeida, 2009, pág. 1415)
E segundo o livro Documentos da Igreja Cristã, assim está escrito: “Desse modo sofreram os santos mártires tais tormentos que não podem ser expressos em nenhum discurso.” (Bettenson, 2001, pág. 44)
As perseguições, os martírios não abalou a fé de muitos cristãos até que no ano 311 aconteceu o Edito de Tolerância, pelo qual os cristãos obtiveram autorização para retornarem ao correto uso de sua religião.

O EDITO DE MILÃO (Março de 313)

Depois de tantas perseguições e proibições aos cristãos de prestarem seu culto ao Deus único, Constantino e Lecínio, Imperadores, encontraram-se em Milão para conferenciar a respeito do bem e da segurança pública do Império, decidiram que, entre tantas coisas benéficas à comunidade, o culto divino deveria ser a primeira e principal preocupação do Império. 
No entanto, pareceu justo aos Imperadores que todos, inclusive os cristãos gozassem da liberdade de seguir o culto e a religião de sua preferência.
Os cristão receberam autorização para abraçar sua religião sem estorvo ou empecilho e que ninguém os impedissem ou os molestassem e todos os que compraram os locais de cultos dos cristãos restituíssem os locais sem qualquer pretensão ou pagamento.
Percebemos que, a liberdade de culto garantida aos cristãos e a outras religiões da época, porém o foco desse trabalho é o cristianismo.
Pode-se dizer que aqui se iniciou uma nova era para os crentes em Jesus, homens e mulheres que mesmo outrora tendo sua liberdade tirada, continuaram perseverando na fé e certamente essa atitude desses Imperadores foi resposta de oração dos cristãos da época. O cristianismo resistiu a fúria de muitos Imperadores e pode-se dizer que como recompensa divina obtiveram sua liberdade de cultuar a Deus da maneira que eles criam.
AS PRIMEIRAS REFERÊNCIAS AOS EVANGELHOS
Papias, bispo de Hierápolis (c. 130) e Irineu, bispo de Lyon (final do 2° século), e o cânon de Muratori, que o original grego possivelmente seja do final do 2° século norteiam como chegaram até nós os evangelhos e as demais cartas neotestamentárias.
Papias não afirmou ter sido discípulo ocular e auricular dos santos apóstolos, mas declarou apenas ter recebido a norma da fé de familiares dos apóstolos. Ele não hesitou em comunicar tudo quanto outrora aprendeu diligentemente dos mais antigos e memorizou com cuidado, tendo plena certeza de sua fidelidade. Gostava de seguir homens que ensinavam a verdade, homens que recordavam os mandamentos que o Senhor confiou a fé cristã.
Todas as vezes que se encontrava com alguém que conversou com os antigos, perguntava diligentemente acerca dos ditos destes, do que André, Pedro, Filipe, Tomé, Tiago, João, Mateus ou qualquer outro discípulo do Senhor costumava narrar. Sempre pensou que tiraria menos proveito de livros e muitos mais da palavra viva dos sobreviventes.
Papias transmitiu-nos outras narrativas do citado Aristião relativas aos discursos do Senhor e às tradições derivadas de João, o ancião.  Prazeroso em indica-las aos estudiosos que as consultarão.  Papias anotou com respeito a Marcos, o evangelista.  Eis sua palavra: “O ancião João contava que Marcos se tornou o intérprete de Pedro e diligentemente, embora sem ordem, escreveu todas as coisas que, sobre ditos e fatos do Senhor, confiara à sua memória; pois, pessoalmente, nunca viu nem seguiu ao Senhor, mas, como acabo de dizer, viveu com Pedro.  Pedro pregava o Evangelho para benefício dos ouvintes e não para formular alguma história sistemática das palavras do Senhor. 
Portanto, Marcos não errou escrevendo as coisas conforme as tirava da memória.  Preocupava-o uma só coisa: nada omitir de tudo quanto tinha ouvido e não lhe acrescentar falsidade alguma”.  Isto é o que conta Papias sobre Marcos. Quanto a Mateus, informa o que segue; “Mateus, de início, escreveu os ‘logia’ ou oráculos do Senhor na língua hebraica e cada qual os interpretou da melhor forma possível”. Papias utilizou ainda testemunhos tirados da primeira carta de João e da primeira de Pedro.

OS EVANGELISTAS E SUAS FONTES

Irineu, bispo de Lyon (fim do segundo século)
Mateus publicou entre os hebreus um Evangelho escrito na própria língua deles, enquanto Pedro e Paulo anunciavam Cristo em Roma e lançavam os alicerces da Igreja.  Depois da morte destes, Marcos, discípulo e intérprete de Pedro, nos entregou escrito o essencial da pregação de Pedro.  Lucas discípulo de Paulo, registrou em um livro o Evangelho pregado por seu mestre.  João, o discípulo do Senhor, que se reclinou em seu seio, produziu, por último, seu próprio Evangelho, quando habitava em Éfeso, na Ásia.

HERESIAS

Entende-se por heresia toda doutrina oposta aos ensinamentos divinos e que tendem a promover facções.
Percebe-se a preocupação de se alertar aos cristãos a respeito desse assunto desde a Era Apostólica aonde o Apóstolo Pedro em sua segunda carta escreveu:
E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre sí mesmo repentina perdição.(João Ferreira de Almeida, 2001, pág. 1604)
Será exposto nesse trabalho somente três das várias heresias surgidas nos primeiros séculos.
Após a Era Apostólica alguns grupos se levantaram e foram considerados hereges como por exemplo os montanistas, por volta do ano 155, na Frígia, cujo o membro mais celebre foi Tertuliano, considerado um dos pais da igreja. 
Montano não tinha cargo eclesiástico e percorria os lugares acompanhado de duas mulheres, Priscila e Maximila, promovendo o que chamou de "Nova Profecia", conclamando pessoas para a volta de Cristo. Isso era feito através da voz do "Parácleto", uma manifestação profética que falava através das duas mulheres na primeira pessoa. Montano colocou a si mesmo como parácleto através de quem o Espírito Santo falava à Igreja, do mesmo modo que falara aos apóstolos. Ele tinha uma escatologia extravagante. Acreditava que o reino celestial de Cristo seria instaurado brevemente em Pepuza, na Frígia, e que ele teria um papel de proeminência nesse reino. Para que estivessem preparados para aquele acontecimento, ele e seus seguidores praticavam um rigoroso ascetismo. Não se permitia novo casamento se um dos cônjuges morresse.
A Igreja reagiu as essas extravagâncias condenando o movimento. O Concílio de Constantinopla, em 381, declarou que os montanistas deviam ser considerados pagãos.

2 - O GNOSTICISMO (do grego “gnosis”, sabedoria)

Filosofia como instrução reveladora das coisas de Deus, que leva ao entendimento do mistério da salvação. Nas Escrituras pode ser identificado o gnosticismo baseado na filosofia helenistíca e nos sábios judeus, em quem se originaram os "cultos de mistérios" dos místicos. Os gnósticos não priorizavam apenas o "conhecimento", mas a mortificação da carne, o que os dificultava crer que Deus veio em carne por meio de Jesus Cristo.
Foi uma das heresias mais perigosas dos dois primeiros séculos da Igreja. Não eram fáceis de definir, por serem demasiadas variadas suas doutrinas, que diferiam de lugar para lugar, nos diversos períodos. Surgiram na Ásia Menor, e eram como que um enxerto do Cristianismo no paganismo. Criam que do Deus supremo emanava um grande número de divindades inferiores, algumas benéficas e outras malignas. Criam que por meio dessas divindades o mundo foi criado com a mistura do bem e do mal. Interpretavam as Escrituras de forma alegórica, de modo que cada declaração das Escrituras significava aquilo que ao intérprete parecesse mais acertado. Eles diziam possuir capacidades e conhecimentos espirituais superiores que os cristãos não possuíam. Os gnósticos seguem líderes divulgadores de conhecimento espiritual que transcendem o entendimento normal, geralmente considerado secreto.

DOCETISMO

O docetismo tem grande ligação com o gnosticismo, para quem o mundo material era mau e corrompido. O nome vem do grego dokeo e significa “parecer”. Os docetistas defendiam que o corpo de Jesus Cristo era uma ilusão e sua crucificação teria sido apenas aparente.
Para os adeptos dessa heresia, a matéria é ruim e que o espírito não se envolveria com a matéria, que é o princípio do pecado, por isso Cristo parecia estar numa matéria carnal, mas na verdade não estava, era ilusório.
Na concepção desse movimento herético, sendo Cristo bom e a matéria essencialmente má, não haveria possibilidade de união entre Ele e um corpo terreno. Portanto os docetistas negavam a humanidade de Cristo, dizendo que Ele parecia ser humano, mas era divino. Afirmavam que o corpo de Jesus não passava de um fantasma, que sofrimento e morte eram apenas meras aparências. Se sofria, então não podia ser Deus; ou era verdadeiramente Deus e então não podia sofrer.
Não houve uma condenação oficial a esse pensamento, mas Irineu e Hipólito foram os opositores dessa ideia filosófica grega e pagã da época.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a realização deste trabalho, foi através de pesquisa bibliográfica em livros e sites.  Foram utilizados nesse trabalho a Bíblia traduzida por João Ferreira de Almeida, Jessé Hulburt Lyman e outros.  É uma pesquisa qualitativa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Almeida Vieira João, Bíblia Sagrada, 4ª edição, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, 2009
Bettenson H. Documentos da Igreja Cristã, 4ª edição, editora Aste, São Paulo 2001
Hulburt Lyman Jesse, História da Igreja Cristã, 9ª impressão, editora Vida, 1966
Bruno Alexander – Tradutor, O livro das religiões – 1ª edição, Globo Livros, 2014
www.ecclesia.com

Pesquisa feita por Edilberto Pereira - Bacharel em Teologia

quarta-feira, 20 de julho de 2016

CRENÇAS PRIMITIVAS (PRIMITIVE BELIEFS)



Religiões primitivas

Chamadas assim porque vieram primeiro.  Foram praticadas pelos povos do mundo inteiro e são fundamentais para o desenvolvimento de todas as religiões modernas.  Algumas continuam vivas até hoje.

Nossos primeiros ancestrais caçadores-coletores acreditavam que a natureza tinha um poder sobrenatural.  Para alguns, isso se manifestava na crença de que animais, plantas, objetos e forças naturais possuíam um espírito, da mesma forma que as pessoas.  Nessa visão animista do mundo, os seres humanos são vistos como parte da natureza, e para viver em harmonia com ela precisam demonstrar respeito com os espíritos.
Os indivíduos dessa época tentavam explicar o mundo por meio de associações entre divindades e fenômenos naturais específicos.
O nascer do sol, por exemplo, representava a libertação da escuridão da noite e era controlado pelo deus Sol; de modo similar, os ciclos naturais, como as fases da lua e as estações - vitais para o estilo de vida daqueles povos - eram atribuídos às suas próprias deidades.  Além de  criar uma cosmologia para explicar o funcionamento do Universo, a maioria das culturas incorporou alguma história da criação em seu sistema de crenças. Essa história de modo geral, constituía uma analogia com a reprodução humana:  uma deusa-mãe deu à luz o mundo, em alguns casos com a ajuda de um deus-pai.  Às vezes essas divindades parentais eram personificadas como animais ou elementos da natureza - rios, mar, Mãe Terra, Pai Céu.

Ritos e rituais

Os sistemas de crença da maioria das religiões primitivas incluíam alguma forma de  vida após a morte, geralmente relacionada à existência de um plano da realidade separado do mundo físico, um lugar de deuses e crituras míticas para onde os espíritos dos mortos iriam.  Em algumas religiões, acreditava-se que era possível com esse outro plano e contatar espíritos ancestrais para buscar orientação.  Um tipo específico de pessoa sagrada - o xamã ou curandeiro - era capaz de ir até lá e canalizar poderes místicos de cura, pelo contato com os espíritos e, às vezes, sendo possuído por eles..
Os povos primitivos também contavam com ritos de passagem.  Esses ritos, associados à mudança das estações, transformaram-se em rituais vinculados a espíritos e divindades.  A ideia de agradar os deuses para ter sorte na caça ou na lavoura inspirou rituais de adoração, e, em algumas culturas, vidas eram sacrificadas aos deuses em troca da existência que eles deram aos humanos.
O simbolismo também desempenhou um papel crucial nas práticas religiosas das primeiras culturas.  Máscaras, talismãs, ídolos e amuletos utilizados em cerimônias seriam ocupados por espíritos.  Acreditava-se que algumas áreas tinham importância religiosa, e certas comunidades estabeleceram locais e cemitérios sagrados, enquanto outras construíram edifícios ou povoados à imagem do cosmos.  Poucas religiões primitivas sobrevivem até hoje, sustentadas por um número cada vez menor de comunidades tribais no mundo inteiro alheias à civilização ocidental.  Foram feitas algumas tentativas de restabelecê-las por parte de comunidades que tentavam recuperar culturas perdidas.  Embora seus sistemas de crença possam parecer rudimentaresà primeira vista aos olhos modernos, vestígios daquelas religiões ainda podem ser encontradas nas principais religiões do mundo atual ou na busca por espiritualidade da "Nova Era".

Grupos primitivos

- Construindo versões em miniatura do Universo, os pawnees criaram lugares sagradas.
- Rituais para renovar a vida e sustentar o mundo eram uma parte central da religião dos hupas.
- Os astecas e os maias ofereciam sacrifícios humanos para satisfazer o desejo de sangue de seus deuses.
- Os quichuas e os aimarás acreditavam que o espírito de seus ancestrais continuava a existir para orientá-los.
- Por meio do laço com os deuses, os waraos acreditam que tudo está conectado.
- Para o povo dogon, tudo contém o Universo em microcosmo.
- O mundo natural e o sobrenatural estão interconectados na região dos boxímanes sans.
- O povo sami acreditavam que seus xamãs tinham o poder de visitar outros mundos.
- De acordo com os baígas, os deuses nos criaram para sermos guardiões da Terra.
- Para os ainos, tudo, até uma rocha, tem alma.
- Os chewongs acreditam que nosso propósito é ter uma vida boa e viver em harmonia.
- No Sonho, os aborígenes australianos veem a criação como algo constante.
- Os maíoris e os polinésios explicam a orígem da morte.
- No ritual "Trabalho dos Deuses", os tikopianos cumpriam sua obrigação de servir aos deuses.

Fonte : O livro das religiões - Globo Livros


primitive religions

So called because it came first. They were practiced by people all over the world and are fundamental to the development of all modern religions. Some are still alive today.

Our first hunter-gatherer ancestors believed that nature had a supernatural power. For some, this was manifested in the belief that animals, plants, objects and natural forces had a spirit, just like people. In this animistic view of the world, humans are seen as part of nature, and to live in harmony with it must show respect for the spirits.
Individuals that time trying to explain the world through associations between specific deities and natural phenomena.
Sunrise, for example, represented the liberation of the night and was controlled by the sun god; similarly, the natural cycles, such as the phases of the moon and the seasons - vital to the lifestyle of those people - were assigned to their own deities. In addition to creating a cosmology to explain the workings of the universe, most cultures incorporated a story of creation in their belief system. This story generally constituted an analogy to human reproduction: a mother goddess gave birth to the world, in some cases with the help of a god-father. Sometimes these parental deities were personified as animals or elements of nature - rivers, sea, Mother Earth, Father Sky.

Rites and rituals

belief systems of most primitive religions include some form of life after death, usually related to the existence of a plan of the separate reality of the physical world, a place of mythical gods and Scriptures where the spirits of the dead would. In some religions, it was believed that it was possible with this other plan and contact ancestral spirits to seek guidance. A specific type of sacred person - the shaman or healer - was able to go there and channeling mystical healing powers, through contact with the spirits and sometimes being possessed by them ..
Primitive people also relied on rites of passage. These rites associated with the change of seasons, turned into rituals linked to spirits and deities. The idea to please the gods for luck in hunting or farming inspired worship rituals, and, in some cultures, lives were sacrificed to the gods in exchange for the life they gave to humans.
Symbolism also played a crucial role in the religious practices of the early cultures. Masks, talismans, amulets and idols used in ceremonies would be occupied by spirits. It was believed that some areas had religious significance, and certain communities have established cemeteries and holy sites, while others built buildings or villages to the cosmos image. Few primitive religions survive today, supported by a dwindling number of tribal communities worldwide alien to Western civilization. Few attempts were made to re-establish them by communities trying to recover lost cultures. Although their belief systems may seem rudimentaresà first sight to modern eyes, traces of those religions can still be found in the major religions of the world today or in the search for spirituality "New Age".

primitive groups

- Building miniature versions of the Universe, the Pawnees created sacred places.
- Rituals to renew life and sustain the world were a central part of the religion of hupas.
- The Aztecs and the Mayans offered human sacrifices to satisfy the bloodlust of their gods.
- The Quichua and Aymara believed that the spirits of their ancestors still exist to guide them.
- Through the link with the gods, the Warao believe that everything is connected.
- For the Dogon people, it contains the universe in microcosm.
- The natural world and the supernatural are interconnected in the region sans Bushmen.
- The Sami people believed that their shamans had the power to visit other worlds.
- According to the Baigas, the gods created us to be Earth's guardians.
- For the Ainu, everything, even a rock, has a soul.
- The chewongs believe that our purpose is to have a good life and live in harmony.
- In the Dream, Australian Aborigines see creation as something constant.
- The maioris and Polynesians explain the origin of death.
- In the "Work of the Gods" ritual, the tikopianos fulfilled their obligation to serve the gods.

Source: The book of religions - Books Globe

terça-feira, 19 de julho de 2016

VIDA E OBRA DE LUTERO (LIFE AND WORK OF LUTHER)

1- INTRODUÇÃO
Esse trabalho tem como objetivo um breve comentário sobre a  vida e obra de Martinho Lutero, um dos grandes pensadores do século passado, que mudou toda uma história, não só da Igreja, mas também do mundo, a partir de seus estudos. Os resultados dessa pesquisa vieram como meio de melhor esclarecimento e entendimento sobre o assunto da salvação ser apenas pela fé e não por obras como era dito na época pela Igreja.
Uma vida plena e ativa, com batalhas, cheia de conflitos e triunfos, agitada e sem repouso: Lutero era um rebelde e reformador, pensador e realizador, à frente do seu tempo, mas preso à Idade Média.
Lutero nasceu no dia 10 de novembro de 1438 na pequena cidade de Eisleben; a infância e a juventude foram passadas em Mansfeld, situada nas redondezas. Os negócios de seu pai lhe possibilitaram uma boa educação e, em 1501, ele se inscreveu na universidade em Erfurt. Segundo a lenda, um pesado temporal causou uma virada decisiva na sua vida: tomado pelo medo, ele prometeu tornar-se monge se sobrevivesse ao temporal são e salvo. Somente duas semanas depois, no dia 17 de julho de 1505, ele entrou para a ordem dos agostinianos eremitas em Erfurt, estudou teologia e, já em 1507, foi ordenado sacerdote. Era uma época em que a venda de indulgências florescia: dinheiro pela salvação da alma era a prática comum, e logo como jovem doutor e professor, Lutero criticava essa prática profana. No dia 31 de outubro de 1517 ele finalmente publicou suas famosas 95 Teses em Wittenberg que tratavam das indulgências. Para sua própria surpresa, a obra rapidamente se tornou pública – e não tardaram em chegar até Roma. Em 1518, a igreja católica romana iniciou um inquérito contra Martinho Lutero por heresia. O príncipe da Saxônia, Frederico, o Sábio, em vez do interrogatório em Roma, determinou a realização de uma audiência em Augsburg, o que terminou com uma fuga durante a noite – Lutero negou-se a retratar as suas Teses. Isso esgotou a paciência do Papa, que ameaçou Lutero com o banimento, e posteriormente o excomungou. No Reichstag em Worms, onde ele saldou a multidão efusivamente, Lutero recebe novamente uma chance, mas ele permaneceu resoluto e, em seguida, se escondeu no castelo de Wartburg, em Eisenach. No dia 13 de junho de 1525, Martinho Lutero se casou com a ex-freira Catarina von Bora. A grande família vivia no antigo mosteiro agostiniano – o casal teve seis filhos – com crianças adotadas, parentes, empregados e estudantes. em 1546 Lutero foi chamado a Eisleben, sua cidade natal, para terminar uma disputa sobre herança e ali acabou também a sua vida: no dia 18 de fevereiro morria Lutero, que foi sepultado três dias depois em Wittenberg – na igreja em que, quase três décadas antes, ele havia afixado suas famosas Teses.
2 - VIDA E OBRAS  DE LUTERO
Martinho Lutero nasceu em 10 de novembro de 1483, em Eisleben, Alemanha. Foi criado em Mansfeld. Na sua fase estudantil, foi enviado às escolas de latim de Magdeburg(1497) e Eisenach(1498-1501). Ingressou na Universidade de Erfurt, onde obteve o grau de bacharel em artes (1502) e de mestre em artes (1505).
Seu pai, um aldeão bem sucedido pertencente a classe média, queria que fosse advogado. Tendo iniciado seus estudos, abruptamente, os interrompeu entrando no claustro dos eremitas agostinianos em Erfurt. É um fato estranho na sua vida, segundo seus biógrafos. Alguns historiadores dizem que este fato aconteceu devido a um susto que teve quando caminhava de Mansfeld para Erfurt. Em meio a uma tempestade, quase foi atingido por um raio. Foi derrubado por terra e em seu pavor, gritava "Ajuda-me Santa Ana! Eu serei um monge!". Foi consagrado padre em 1507.
Entre 1508 e 1512, fez preleções de filosofia na Universidade de Wurtenberg, onde também ensinou as Escrituras, especializando-se nas Sentenças de Pedro Lombardo. Em 1512 formou-se Doutor em Teologia.
Fazia conferências sobre Bíblia, especializando-se em Romanos, Gálatas e Hebreus. Foi durante este período que a teologia paulina o influenciou, percebendo os erros que a Igreja Romana ensinava, à luz dos documentos fundamentais do cristianismo primitivo.
Lutero era homem de envergadura intelectual e habilidades pessoais. Em 1515, foi nomeado vigário, responsável por onze mosteiros. Viu-se envolvido em controvérsias com respeito a venda de indulgências.
3 - SUAS LUTAS PESSOAIS.
Lutero estava galgando os escalões da Igreja Romana e estava muito envolvido em seus aspectos intelectuais e funcionais. Por outro lado, também estava envolvido em questões pessoais quanto à salvação pessoal. Sua vida monástica e intelectual não forneciam resposta aos seus anseios interiores, às suas aflitivas indagações.
Seus estudos paulinos deixaram-no mais agitado e inseguro, particularmente diante da afirmação "o justo viverá pela fé", Romanos 1:17. Percebia ele que a Lei e o cumprimento das normas monásticas, serviam tão-somente para condenar e humilhar o homem, e que nesta direção não se pode esperar qualquer ajuda no tocante à salvação da alma.
Martinho Lutero, estava trabalhando em "repensar o evangelho". Sendo monge agostiniano, fortemente influenciado pela teologia desta ordem monástica, paulina quanto aos seus pontos de vista, Lutero estava chegando a uma nova fé, que enfatizava a graça de Deus e a justificação pela fé.
Esta nova fé tornou-se o ponto fundamental de sua preleções. No seu desenvolvimento começou a criticar o domínio da filosofia tomista sobre a teologia romana. Ele estudava os escritos de Agostinho, Anselmo e Bernardo de Claraval, descobrindo nestes, a fé que começava a proclamar. Staupitz, orientou-o para que estudasse os místicos, em cujos escritos se consolou.
Em 1516, publicou o devocionário de um místico desconhecido, "Theologia Deutsch". Tornou-se pároco da igreja de Wittenberg, e tornou-se um pregador popular, proclamando a sua nova fé. Opunha-se a venda de indulgências comandada por João Tetzel.
4 - .AS NOVENTA E CINCO TESES.
Inspirado por vários motivos, particularmente a venda de indulgências, na noite antes do Dia de Todos os Santos, a 31 de outubro de 1517, Lutero afixou na porta da Igreja de Wittenberg, sua teses acadêmicas, intituladas "Sobre o Poder das Indulgências". Seu argumento era de que as indulgências só faziam sentido como livramento das penas temporais impostas pelos padres aos fiéis. Mas Lutero opunha-se à idéia de que a compra das indulgências ou a obtenção das mesmas, de qualquer outra maneira, fosse capaz de impedir Deus de aplicar as punições temporais. Também dizia que elas nada têm a ver como os castigos do purgatório. Lutero afirmava que as penitências devem ser praticadas diariamente pelos cristãos, durante toda a vida, e não algo a ser posto em prática apenas ocasionalmente, por determinação sacerdotal.
 João Eck, denunciou Lutero em Roma, e muito contribuiu para que o mesmo fosse condenado e excluído da Igreja Romana. Silvester Mazzolini, padre confessor do papa, concordou com o parecer condenatório de Eck, dando apoio a este contra o monge agostiniano.
Em 1518. Lutero escreveu "Resolutiones", defendendo seus pontos de vista contra as indulgências, dirigindo a obra diretamente ao papa. Entretanto, o livro não alterou o ponto de vista papal a respeito de Lutero. Muitas pessoas influentes se declararam favoráveis a Martinho Lutero, tornando-se este então polemista popular e bem sucedido. Num debate teológico em Heidelberg, em 26 de abril de 1518, foi bem sucedido ao defender suas idéias.
5 - REAÇÃO PAPAL.
A 7 de agosto de 1518, Lutero foi convocado a Roma, onde seria julgado como herege. Mas apelou para o príncipe Frederico, o Sábio, e seu julgamento foi realizado em território alemão em 12/14 de outubro de 1518, perante o Cardeal Cajetano, em Augsburg. Recusou-se a retratar-se de suas idéias, tendo rejeitado a autoridade papal, abandonando a Igreja Romana, o que ficou confirmado num debate em Leipzig com João Eck, entre 4 e 8 de julho de 1519.
A partir de então Lutero declara que a Igreja Romana necessita de Reforma, publica vários escritos, dentre os quais se destaca "Carta Aberta à Nobreza Cristã da Nação Alemã Sobre a Reforma do Estado Cristão". Procurou o apoio de autoridades civis e começou a ensinar o sacerdócio universal dos crentes, Cristo como único Mediador entre Deus e os homens, e a autoridade exclusiva das Escrituras, em oposição à autoridade de papas e concílios. Em sua obra "Sobre o Cativeiro Babilônico da Igreja", ele atacou o sacramentalismo da Igreja. Dizia que pelas Escrituras só podem ser distinguidos dois sacramentos o batismo e a Ceia do Senhor. Opunha-se à alegada repetida morte sacrificial de Cristo, por ocasião da missa. Em outro livro, "Sobre a Liberdade Cristã", ele apresentou um estudo sobre a ética cristã baseada no amor.
Lutero obteve grande popularidade entre o povo, e também considerável influência no clero.
Em 15 de julho de 1520, a Igreja Romana expediu a bula Exsurge Domine, que ameaçava Lutero de ser excomungado, a menos que se retratasse publicamente. Lutero queimou a bula em praça pública. Carlos V, Imperador do Santo Império Romano, mandou queimar os livros de Lutero em praça pública.
Lutero compareceu a Dieta de Worms, de 17 a 19 de abril de 1521. Recusou-se a retratação, dizendo que a sua consciência estava presa à Palavra de Deus, pelo que a retratação não seria seguro nem correto. Dizem os historiadores que concluiu a sua defesa com estas palavras : "Aqui estou; não posso fazer outra coisa. Que Deus me ajude. Amém". Respondendo a Dieta em 25 de maio de 1521, formalizou a excomunhão de Martinho Lutero, e a Reforma nascente também foi condenada.
6 - INFLUÊNCIA POLÍTICA E SOCIAL.
Por medidas de precaução, Lutero esteve recluso no castelo de Frederico, o Sábio, cerca de 10 meses. Teve tempo de trabalhar na tradução do Novo Testamento para a língua alemã. Esta tradução foi publicada em 1532. Com a ajuda de Melancton e outros, a Bíblia inteira foi traduzida, e, então, foi publicada em 1532. Finalmente, essa tradução unificou os vários dialetos alemães, do que resultou  o moderno alemão.
Tem-se dito que Lutero foi o verdadeiro líder da Alemanha, de 1521 até 1525. Houve a Guerra dos Aldeões em 1525, das classes pobres contra os seus líderes. Lutero tentou estancar o derramamento de sangue, mas, quando os aldeões se recusaram a ouvi-lo, ele apelou para os príncipes a fim de restabelecerem a paz e a ordem.
Fato notável foi o casamento de Lutero, com Catarina Von Bora, filha de família nobre, ex-freira cisterciana. Tiveram seis filhos, dos quais alguns faleceram na infância. Adotou outros filhos. Este fato serviu para incentivar o casamento de padres e freiras que tinham preferido adotar a Reforma. Foi um rompimento definitivo com a Igreja Romana.
Houve controvérsia entre Lutero e Erasmo de Roterdã, que nunca deixou a Igreja Romana, por causa do livre-arbítrio defendido por este. Apesar de admitir que o livre-arbítrio é uma realidade quanto a coisas triviais, Lutero negava que fosse eficaz no tocante à salvação da alma.
7 - OBRAS IMPORTANTES
Foi o autor de uma das primeiras traduções da  Bíblia para alemão, algo que não era permitido até então sem especial autorização eclesiástica. Lutero, contudo, não foi o primeiro tradutor da Bíblia para alemão. Já havia várias traduções mais antigas. A tradução de Lutero, no entanto, suplantou as anteriores porque foi uma forma unificada do Hochdeutsch (dialetos alemães da região central e sul) e foi amplamente divulgada em decorrência da sua difusão por meio da imprensa desenvolvida por Gutenberg, em 1453.
Lutero introduziu a palavra alley que não aparece no texto grego original no capítulo 3:28 da Epístola aos Romanos. O que gerou controvérsia. Lutero justificou a manutenção do advérbio como sendo uma necessidade idiomática do alemão como por ser a intenção de Paulo.
O latim, língua do extinto Império Romano, permanecia a língua franca européia, imediatamente conotada com o passado romano unificado, sendo também a língua da Vulgata traduzida por São Jerônimo no século V, tal como tinham sido transmitidos às províncias do Império. Por mais longínquas que fossem, nos menos de cem anos que separam a oficialização da religião cristã pelo Imperador Romano Teodósio I em 380 d.C. e a deposição do último imperador de Roma pelo Germânico Odoacro, em 476 d.C. (data avançada por Edward Gibbon e convencionalmente aceita como ano da queda do Império Romano do Ocidente), toda a região do antigo Império, ao longo dos seguintes 500 anos, e de forma mais ou menos homogênea, se cristianizou. O fim da perseguição à religião cristã pelo império romano se deu em 313 d.C. com o [Édito de Milão]].
No entanto, o domínio do latim era, no século XVl, século no fim da Idade Média    (terminada oficialmente em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos Otomanos) e princípio da chamada Idade Moderna, apenas o privilégio de uma percentagem ínfima de população instruída, entre os quais os elementos da própria Igreja. A tradução de Lutero para o alemão foi simultaneamente um ato de desobediência e um pilar da sistematização do que viria a ser a língua alemã, até aí vista como uma língua inferior, dos servos e ignorantes. É preciso adicionar que Lutero não se opunha ao latim, e chegou mesmo a publicar uma edição revisada da tradução latina da Bíblia (Vulgata). Lutero escrevia tanto em latim como em alemão. A tradução da Bíblia para o alemão não significou, portanto, rejeição do latim como língua acadêmica.
Foi também autor da polêmica obra “Sobre os judeus e suas mentiras” (Von den Juden und ihren Lügen). Pouco conhecida, mas muito apreciada pelo próprio Lutero, foi sua resposta a “Diatribe” de Erasmo de Roterdã intitulada De servo arbítrio  (Título da publicação em português: Da vontade cativa).
Martinho Lutero defendia o princípio da mortalidade da  alma  contrastando  com a crença de João Calvino, que chamou à crença de Lutero “sono da alma”
8 - OUTRAS OBRAS.
Em 1528 e 1529, Lutero publicou o pequeno e o grande catecismos, que se tornaram manuais doutrinários dos protestantes, nome dado aqueles que decidiram abandonar a Igreja Romana, na Dieta de Speyer, em 1529.
Juntamente com  Melancton e outros, produziu a confissão de Augsburg, que sumaria a fé luterana em vinte e oito artigos. Em 1537, a pedido de João Frederico, da Saxônia, compôs os Artigos de Schmalkald, que resumem seus ensinamentos.
Lutero publicou cerca de 400 obras durante a sua vida, incluindo comentários bíblicos, catecismos, sermões e tratados. Também escreveu hinos para a Igreja. Parte de suas obras estão publicadas em diversas línguas modernas.
9 - ENFERMIDADE E MORTE.
Os últimos dias de Lutero tornaram-se difíceis devido a problemas de saúde. Com freqüência tinha acesso de melancolia profunda. Apesar disso era capaz de trabalhar tenazmente. Em 18 de fevereiro de 1546, aos 63 anos de idade, em sua cidade Natal Eisleben, teve um ataque do coração, vindo a falecer. Seu corpo foi sepultado na Igreja do Castelo de Wittenberg, onde cerca de trinta anos, havia afixado suas 95 Teses.
10 -  A TEOLOGIA DE LUTERO.
Como monge agostiniano, Lutero dava preferência a certos estudos, dentre os quais se destacam a soberania de Deus, dando uma abordagem mais bíblica às questões religiosas e às doutrinas cristãs.
Alguns pontos defendidos por Lutero são:
Nem o papa nem o padre, tem o poder de remover os castigos temporais de um pecador.
A culpa pelo pecado não pode ser anulada por meio de indulgências.
Somente um autêntico arrependimento pode resolver a questão da culpa e do castigo, o que depende única e exclusivamente de Cristo.
Só há um Mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo.
Não há autoridade especial no papa.
As decisões dos concílios não são infalíveis.
A Bíblia é a única autoridade de fé e prática para o cristão.
A justificação é somente pela fé.
A soberania de Deus é superior ao livre-arbítrio humano.
Defendia a doutrina da consubstanciação em detrimento da transubstanciação                       Há apenas dois sacramentos: o batismo e a ceia do Senhor.
Opunha-se a veneração dos santos, ao uso de imagens nas Igrejas, às doutrinas da missa e das penitências e ao uso de relíquias.
Contrário ao celibato clerical.
Defendia a separação entre igreja e estado.
Ensinava a total depravação da natureza humana.
Defendia o batismo infantil e a comunhão fechada.
Defendia a educação dos fiéis em escolas paroquianas.
Repudiava a hierarquia eclesiástica.
11- CONCLUSÃO
Este trabalho demonstrou que Martinho Lutero foi um homem simples e corajoso que ousou enfrentar a igreja católica, apresentando a falsidade de  seus dogmas, as injustiças cometidas no Tribunal da Inquisição e a venda de indulgências e graças à sua atitude e ao fato de nunca desistir,  conseguiu alterar a história da Igreja até aos nossos dias.
Hoje os princípios de Lutero estão espalhados por quase todo o mundo. Existem várias ramificações dentro dos Evangélicos mas os princípios ensinados por Lutero continuam na sua maior parte intactos.

12 - BIBLIOGRAFIA
1 - Biblia de Estudo Pentecostal Almeida Revista e Corrigida2 - "Enciclopédia de Bíblia
Teologia e Filosofia"; R. N. Champlin; J. M. Bentes; Candeia; 1994.3 - "Enciclopédia
Histórico-Teológica"; W. A. Elwell, ed.; Edições Vida Nova;1990.4 - "Teologia dos
Reformadores"; T. George; Edições Vida Nova; 1994.
5 - "História da Igreja Cristã"; R. H. Nichols; CEP;1992.
Fonte:http://pregaioevangelho.vilabol.uol.com.br/hist_lutero.htm.


Pesquisa feita por Maria de Fátima Santos Pereira


1. INTRODUCTION
This work aims at a brief commentary on the life and work of Martin Luther, one of the great thinkers of the past century, which changed the whole story, not only of the Church but also of the world, from their studies. The survey results came as a means of better understanding and understanding on the issue of salvation is only by faith and not by works as it was said at the time the Church.
A full and active life, with battles, full of conflicts and triumphs, agitated and restless: Luther was a rebel and reformer, thinker and director ahead of his time, but stuck to the Middle Ages.
Luther was born on November 10, 1438 in the small town of Eisleben; childhood and youth were spent in Mansfeld, located nearby. his father's business allowed him a good education and, in 1501, he enrolled at the University of Erfurt. According to legend, a storm caused heavy a decisive turning point in his life, gripped by fear, he vowed to become a monk if he survived the storm safely. Only two weeks later, on July 17, 1505, he entered the order of Augustinian Hermits in Erfurt, studied theology and, already in 1507, was ordained a priest. It was a time when the sale of indulgences flourished: money for the salvation of the soul was the common practice, and then as a young doctor and professor Luther criticized this unholy practice. On October 31 1517 he finally published his famous 95 Theses in Wittenberg dealing indulgences. To his surprise, the work quickly became public - and not long in coming to Rome. In 1518, the Roman Catholic Church initiated an investigation against Martin Luther for heresy. The Prince of Saxony, Frederick the Wise, instead of questioning in Rome, determined to hold a hearing in Augsburg, which ended with an escape at night - Luther refused to recant his theses. This exhausted the patience of the Pope, who threatened Luther with banishment, and later excommunicated him. In the Reichstag in Worms, where he paid off the crowd effusively, Luther again gets a chance, but he remained resolute and then hid in the Wartburg Castle in Eisenach. On June 13, 1525, Martin Luther married the former nun Catherine von Bora. The large family lived in the former Augustinian monastery - the couple had six children - with adopted children, relatives, employees and students. in 1546 Luther was called to Eisleben, his hometown, to end a dispute over inheritance and there also ended his life: on February 18 died Luther, who was buried three days later in Wittenberg - in the church where, nearly three decades earlier, he had posted his famous theses.
2 - LIFE AND WORKS OF LUTHER
Martin Luther was born on November 10, 1483, in Eisleben, Germany. It was created in Mansfeld. In his student stage, he was sent to the Latin school of Magdeburg (1497) and Eisenach (1498-1501). He entered the University of Erfurt, where he earned a bachelor's degree in arts (1502) and Master of Arts (1505).
His father, a successful villager belonging to the middle class, wanted to be a lawyer. Having started his studies abruptly interrupted entering the cloister of the Augustinian Hermits in Erfurt. It is a strange thing in your life, according to his biographers. Some historians say that this fact was due to a scare when he had walked Mansfeld to Erfurt. Amid a storm was almost struck by lightning. Was knocked to the ground and his terror, screaming "Help me Santa Ana! I will be a monk." It was consecrated priest in 1507.
Between 1508 and 1512, did philosophy lectures at the University of Württemberg, where he also taught the Scriptures, specializing in Peter Lombard's Sentences. In 1512 he graduated Doctor of Theology.
Lectured on the Bible, specializing in Romans, Galatians and Hebrews. It was during this period that the Pauline theology influenced, realizing the mistakes that the Roman Church taught, in the light of the fundamental documents of early Christianity.
Luther was a man of intellectual stature and personal skills. In 1515, he was appointed vicar, responsible for eleven monasteries. She was involved in controversies regarding the sale of indulgences.
3 - YOUR PERSONAL STRUGGLES.
Luther was climbing the ranks of the Roman Church and was very involved in his intellectual and functional aspects. On the other hand, I was also involved in personal issues about personal salvation. His monastic and intellectual life did not provide answer to their inner longings, their distressing questions.
His Pauline studies left him more agitated and insecure, particularly on the statement "The just shall live by faith," Romans 1:17. He realized that the Law and compliance with the monastic rules, served merely to condemn and humiliate the man, and in this direction we can not expect any help regarding the salvation of the soul.
Martin Luther, was working on "rethinking the gospel." Being Augustinian monk, strongly influenced by the theology of this monastic order Pauline as to their views, Luther was coming to a new faith, emphasizing God's grace and justification by faith.
This new faith has become the key point of his lecture. In its development began to criticize the field of Thomistic philosophy of Roman theology. He studied the writings of Augustine, Anselm and Bernard of Clairvaux, discovering these, the faith that began to proclaim. Staupitz, advised him to study the mystics, in whose writings consoled.
In 1516, he published the prayer book from an unknown mystic, "Theologia Deutsch." He became pastor of the Wittenberg church, and became a popular preacher, proclaiming his new faith. It opposed the sale of indulgences led by John Tetzel.
4 - .AS NINETY-FIVE THESES.
Inspired by various reasons, particularly the sale of indulgences, the night before the Day of All Saints, the October 31, 1517, Luther nailed to the door of the Church of Wittenberg, his academic thesis, entitled "About the Power of Indulgences." His argument was that indulgences only make sense as deliverance from the temporal punishment imposed by the priests to the faithful. But Luther was opposed to the idea that the purchase of indulgences or obtaining the same, otherwise, would be able to prevent God from applying the temporal punishments. It also said that they have nothing to do as the punishments of purgatory. Luther said that penances should be practiced daily by Christians throughout life, not something to be put into practice only occasionally by priestly determination.
 John Eck, Luther denounced in Rome, and contributed to that it was condemned and excluded from the Roman Church. Silvester Mazzolini, confessor of the pope priest, agreed to the damning opinion Eck, supporting this against the Augustinian monk.
In 1518 Luther wrote "Resolutiones", defending his views against indulgences, directing the work directly to the pope. However, the book did not change the papal point of view about Luther. Many influential people declared themselves in favor of Martin Luther, becoming this so popular and successful polemicist. In a theological debate in Heidelberg on April 26, 1518, it was successful in defending his ideas.
5 - REACTION PAPAL.
The August 7, 1518, Luther was summoned to Rome, where he would be tried as a heretic. But he appealed to the Prince Frederick the Wise, and his trial was held in Germany on 12/14 October 1518, before Cardinal Cajetan in Augsburg. He refused to recant his ideas, having rejected papal authority, abandoning the Roman Church, which was confirmed in a debate in Leipzig with John Eck, from 4 to 8 July 1519.
From then Luther declares that the Roman Church needs reform, published several writings, among which stands out "Open Letter to the Nation Christian Nobility German About Christian State Reform". He sought the support of civil authorities and began to teach the universal priesthood of believers, Christ as the sole mediator between God and men, and the exclusive authority of Scripture in opposition to the popes and councils authority. In his work "On the Babylonian Captivity of the Church", he attacked sacramentalism the Church. He said that the Scriptures can be distinguished only two sacraments baptism and the Lord's Supper. Was opposed to the alleged repeated sacrificial death of Christ during the Mass. In another book, "On Christian Liberty," he presented a study on Christian ethics based on love.
Luther enjoyed immense popularity among the people, and also considerable influence on the clergy.
On July 15, 1520, the Roman Church issued the Exsurge Domine bull, threatening Luther's excommunication unless recant publicly. Luther burned the bull in public. Charles V, Holy Roman Emperor, ordered the burning of the books of Luther in public.
Luther attended the Diet of Worms, from 17 to 19 April 1521. He refused to retract, saying his conscience was stuck to the Word of God, so that the withdrawal would be neither safe nor right. Historians say that concluded his defense with these words: ". Here I stand; I can do no other God help me Amen.". Responding to Diet on May 25, 1521, formalized the excommunication of Martin Luther, and the nascent Reform was also ordered.
6 - INFLUENCE AND SOCIAL POLICY.
For precautionary measures, Luther was reclusive in Frederick Castle, the Wise about 10 months. We had time to work on the translation of the New Testament into German. This translation was published in 1532. With the help of Melanchthon and others, the entire Bible was translated, and then was published in 1532. Finally, the translation unified the various German dialects, resulting in the modern German.
It has been said that Luther was the true leader of Germany 1521 to 1525. There was the War of the villagers in 1525, of the poor against their leaders. Luther tried to stanch the bloodshed, but when the villagers refused to hear him, he appealed to the leaders to restore peace and order.
remarkable fact was the wedding of Luther, with Catherine von Bora, noble family's daughter, former Cistercian nun. They had six children, some of whom died in childhood. Other adopted children. This fact served to encourage the marriage of priests and nuns who had preferred to adopt the Reformation. It was a definite break with the Roman Church.
There was controversy between Luther and Erasmus of Rotterdam, who never left the Roman Church because of free will defended by this. Despite admitting that free will is a reality about trivial things, Luther denied that was effective with regard to the salvation of the soul.
7 - IMPORTANT WORKS
He was the author of one of the first translations of the Bible into German, something that was not allowed until then without special ecclesiastical permission. Luther, however, was not the first translator of the Bible into German. We had several older translations. Translation of Luther, however, surpassed the previous because it was a unified way of Hochdeutsch (German dialects of central and southern) and was widely reported as a result of its dissemination through the press developed by Gutenberg in 1453.
Luther introduced the word alley that does not appear in the original Greek text of Section 3:28 of the Epistle to the Romans. What sparked controversy. Luther justified the maintenance of the adverb as an idiomatic need to be German as Paul's intention.
The Latin of the former Roman Empire language, remained the European lingua franca immediately connote the unified Roman past, and is the language of the Vulgate translated by St. Jerome in the fifth century, as had been sent to the provinces. For more distant they were, in less than a hundred years between the official of the Christian religion by the Roman Emperor Theodosius I in 380 AD and the deposition of the last emperor of Rome by Germanic Odoacer, in 476 AD (late date by Edward Gibbon and conventionally accepted as the year of the Western Roman Empire fall), the entire region of the former Empire, over the next 500 years, and more or less homogeneously if Christianized. The end of the persecution of the Christian religion by the Roman Empire occurred in 313 A.D. with [Edict of Milan]].
However, Latin domain was in the sixteenth century, century in the late Middle Ages (officially ended in 1453 with the capture of Constantinople by the Ottomans) and the beginning of the call Modern Age, only the privilege of a tiny percentage of educated population , including the elements of the Church. Translation of Luther into German was simultaneously an act of disobedience and a pillar of the systematization of what would be the German language, until then seen as an inferior language, the servants and ignorant. We must add that Luther was not opposed to Latin, and has even published a revised edition of the Latin translation of the Bible (the Vulgate). Luther wrote in both Latin and German. The translation of the Bible into German did not mean therefore the Latin rejection as an academic language.
It was also the author of the controversial book "On the Jews and their lies" (Von den Juden und ihren Lügen). Little known but much appreciated by Luther himself, was his answer to "Diatribe" Erasmus of Rotterdam entitled De servant will (Publication title in Portuguese: The captive will).
Martin Luther defended the principle of mortality of the soul in contrast to the belief of John Calvin, who called the belief Luther "soul sleep"
8 - OTHER WORKS.
In 1528 and 1529, Luther published the small and large catechisms, which have become doctrinal manuals Protestants, the name given those who decided to leave the Roman Church, in the Diet of Speyer in 1529.
Along with Melanchthon and others, produced the Augsburg Confession, which summarizes the Lutheran faith in twenty-eight articles. In 1537, at the request of John Frederick of Saxony, composed the articles Schmalkald, which summarize his teachings.
Luther published about 400 works during his life, including Bible commentaries, catechisms, sermons and treatises. He also wrote hymns for the Church. Part of his works are published in various modern languages.
9 - SICKNESS AND DEATH.
The last days of Luther became difficult due to health problems. Often had access to deep melancholy. Nevertheless I was able to work tenaciously. On February 18, 1546, the 63-year-old in your city Christmas Eisleben, had a heart attack and died. His body was buried in the Church of Wittenberg Castle, where some thirty years, had posted his 95 Theses.
10 - The LUTHER'S THEOLOGY.
As Augustinian monk, Luther gave preference to certain studies, among which stand out the sovereignty of God, giving a more biblical approach to religious issues and Christian doctrines.
Some points made by Luther are:
Neither the Pope nor the priest has the power to remove the temporal punishment of a sinner.
The guilt of sin can not be broken through indulgences.
Only a true repentance can resolve the question of guilt and punishment, which depends solely on Christ.
There is only one mediator between God and men, the man Jesus Christ.
No special authority in the pope.
The decisions of the councils are not infallible.
The Bible is the sole authority for faith and practice for the Christian.
Justification is by faith alone.
The sovereignty of God is superior to human free will.
He defended the doctrine of transubstantiation at the expense of transubstantiation There are only two sacraments: baptism and the Lord's Supper.
Was opposed to the veneration of saints, the use of images in the churches, to the doctrines of the Mass and the penances and the use of relics.
Contrary to clerical celibacy.
He advocated the separation of church and state.
He taught the total depravity of human nature.
He defended infant baptism and communion closed.
Advocated the education of the faithful in parochial schools.
He repudiated the ecclesiastical hierarchy.
11- CONCLUSION
This work showed that Martin Luther was a simple and brave man who dared to face the Catholic Church, with the falsity of its dogmas, the injustices committed during the Inquisition Court and the sale of indulgences and because of his attitude and the fact of never giving up, could change the history of the Church to this day.
Today the principles of Luther are spread almost all over the world. There are several branches within the Evangelicals but the principles taught by Luther still mostly intact.

12 - BIBLIOGRAPHY
1 - Study Bible Pentecostal King James Corrigida2 - "Bible Encyclopedia
Theology and Philosophy ", R. N. Champlin; J. M. Bentes; Candeia; 1994.3 -" Encyclopedia
Historical-Theological ", W. A. ​​Elwell, ed .; Zondervan; 1990.4 -" Theology of
Reformers "; T. George, Zondervan, 1994.
5 - "History of the Christian Church"; R. H. Nichols; CEP; 1992.
Source: http: //pregaioevangelho.vilabol.uol.com.br/hist_lutero.htm.
Source: www.biography.com/www.religionfacts.com/www.saberhistoria.hpg.ig.com.br.



Research by Maria de Fátima Santos Pereira